sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Roteiro para Elaboração de Projetos

Etapas:
1. Definição do tema
2. Definição do objetivo geral
3. Definição dos objetivos específicos
4. O Projeto e a proposta pedagógica da escola
5. Justificativa
6. Metodologia
7. Atividades
8. Acompanhamento, avaliação e disseminação
9. Definição do título do projeto
10. Finalização Registre as discussões de cada etapa do projeto.
O produto destas discussões vai formando o desenho do projeto e isso facilitará ao responsável pela redação final. Um projeto é elaborado para transformar uma idéia em realidade. Desenvolver este projeto, portanto, é definir uma proposta de trabalho e traçar algumas linhas de ação em relação a algo que desejamos alcançar.O projeto elaborado deve ser um projeto da escola, não um projeto do diretor ou de apenas um professor. Para isso, ele deve ser pensado, definido e elaborado coletivamente por todos os segmentos da escola. A participação dos alunos em todas as etapas é essencial.
Etapa 1 - Definição do tema. A primeira providência da equipe é definir um tema para o projeto da escola. Nunca perca de vista que:
1. A participação dos alunos é essencial. Eles sabem melhor do que ninguém quais temas têm interesse de aprender.
2. Como o projeto deve ser multidisciplinar, é fundamental que o tema possa ser trabalhado sob a ótica de diferentes disciplinas.
3. O tema não deve estar centrado no ensino de informática. O computador e a Internet devem ser utilizados na justa medida em que forem úteis ao desenvolvimento do projeto.
Etapa 2 - Definição dos objetivos gerais.Na escolha do tema já se deve procurar definir os objetivos gerais do projeto:
1. O que a escola pretende alcançar com o projeto?
2. O que o projeto deve mudar na escola em termos de formas de trabalho, modalidades de aprendizagem e envolvimento dos alunos?
3. Quais competências específicas serão desenvolvidas pelos alunos com a participação nas várias fases do projeto?
4. Que impacto o projeto terá sobre ambiente externo à escola?
Etapa 3 - Definição dos objetivos específicosOs objetivos específicos do projeto são objetivos mais precisos e detalhados, que, mantendo a coerência com os objetivos gerais, vão ser eventualmente perseguidos por meio de atividades específicas.Uma maneira útil de pensar os objetivos específicos é considerá-los como soluções a ser buscadas para problemas razoavelmente bem delimitados. Em um projeto cujo tema é Meio Ambiente, um dos objetivos específicos pode ser, por exemplo, tornar mais agradável, limpo, saudável e bonito o ambiente da própria escola.
Etapa 4 - O projeto e a proposta pedagógica da escolaAo elaborar o projeto, deve-se considerar como ele vai se relacionar com a proposta pedagógica da escola. Tanto na fase de elaboração como nas fases de execução e avaliação, o projeto deve levar a escola a refletir sobre sua proposta pedagógica e buscar formas de aperfeiçoá-la.
Etapa 5 - Justificativa. Procure respostas claras para as seguintes questões:
1. Por que é importante fazer o projeto?A equipe deve refletir sobre o motivo que faz valer a pena realizar esse projeto.
2. Quem se beneficiará? É importante que a equipe relacione quem vai se beneficiar direta e indiretamente com o projeto, detalhando os vários segmentos e concentrando sua atenção nos alunos, razão de ser da escola.
Etapa 6 - Metodologia. Atenção especial deve ser dedicada à metodologia adotada na execução do projeto. Em especial, é necessário que ela seja:
1. Colaborativa, envolvendo equipes cujos membros conjugam esforços na consecução de um fim comum.
2. Integrativa, envolvendo professores, alunos e, se possível, funcionários e até mesmo membros da comunidade externa, como os pais dos alunos.
3. Multidisciplinar, envolvendo pessoas cuja formação, atividade profissional e interesses abranjam as diferentes disciplinas em que hoje se segmenta o trabalho escolar.
4. Abrangente quanto à faixa etária dos participantes, envolvendo alunos de diferentes séries numa mesma equipe. Também é importante que o projeto explicite:a. Como ele vai contribuir para modificar os hábitos de trabalho e as formas de aprendizagem na escola, de modo a dar ênfase ao desenvolvimento de competências e habilidades.
b. Como será redimensionado o tempo e o espaço da escola, de modo que atividades envolvendo equipes multidisciplinares e alunos de múltiplas séries possam ser desenvolvidas integralmente no ambiente escolar regular. É importante levar em conta o currículo obrigatório e não contar com salas criadas especialmente para facilitar o trabalho colaborativo em projetos que ultrapassem a grade curricular, o horário escolar e os limites da sala de aula tradicional.
Etapa 7 - Atividades. Agora é preciso tentar especificar as atividades centrais que levará à realização dos objetivos específicos do projeto. Faça isso respondendo às seguintes perguntas para cada atividade:O quê? Especifique a atividade a ser realizada.Com que fim?Esclareça quais habilidades e competências serão desenvolvidas com a execução desta atividade. Como?Esclareça os métodos adotados para realizar a atividade.Quando? Esclareça como a atividade vai se situar dentro do ano letivo e da grade curricular.Onde? Descreva o local onde será realizada: sala de aula, laboratórios, biblioteca, quadra, externamente à escola etc.Quem? Descreva quem são as pessoas envolvidas na atividade. Não esqueça os alunos.Com o quê? Indique os recursos materiais necessários para desenvolver esta atividade.
Etapa 8 - Acompanhamento, avaliação e disseminaçãoa. Como será feito o acompanhamento do projeto?A equipe deve definir e relacionar as formas de acompanhamento e registro dos efeitos do projeto, tais como reuniões de acompanhamento, relatórios ou outros meios.b. Como serão medidos os efeitos do projeto?A equipe deve relacionar os indicadores (sinais que mostrem o que está acontecendo) dos efeitos do projeto com os alunos, os professores, a escola e a comunidade, à medida em que suas atividades forem sendo realizadas.c. Como será transmitido o que se aprendeu?A equipe deve também descrever os meios que utilizará para comunicar a outras escolas e a todos que se interessem pela informática na escola o que foi alcançado (resultado) e como isto ocorreu (processo).O importante é que outros possam um dia aprender com esta experiência.
Etapa 9 - Título do projeto. Depois de tudo feito, a equipe deve escolher um nome "bem-bolado" que possa despertar a curiosidade e o interesse das pessoas pelo projeto.
Etapa 10 - Equipe responsável pela elaboração do projeto.Liste as pessoas envolvidas na elaboração do projeto e sua função na escola (diretor, coordenador, professor, aluno).


Roteiro tirado do site Pedagogia ao pe da letra - http://www.pedagogiaaopedaletra.com

domingo, 10 de julho de 2011

Como organizar a rotina em creches e pré-escolas

Propostas simultâneas otimizam o dia a dia das crianças e evitam momentos de espera


Noêmia Lopes (gestao@atleitor.com.br)

Ambientes lotados, horários de entrada e saída conturbados e filas imensas no refeitório, no banheiro e no parque. Em uma escola de Educação Infantil, esses são alguns dos indícios de que a organização da rotina não vai bem. Uma das maneiras de solucionar esses problemas é propor atividades que ocorram simultaneamente - em espaços diferentes - e o escalonamento dos horários das turmas, dos funcionários e dos educadores.

"A gestão do tempo em Educação Infantil requer flexibilidade e planejamento constantes. A prioridade é o atendimento às crianças, com necessidades de cuidados e aprendizagem próprias, que devem ser sempre respeitadas", diz Ana Paula Yazbek, pedagoga e formadora de professores do Centro de Estudos da Escola da Vila, em São Paulo. Veja nesta reportagem como três gestoras repensaram a organização da escola, o escalonamento de atividades e os horários dos professores e funcionários.


Tempo bem planejado para desenvolver a autonomia

Como cada faixa etária requer uma dinâmica diferente, não cabe organizar uma rotina igual para todas as turmas. Crianças de até 3 anos, por exemplo, demandam mais atenção dos adultos - principalmente nos momentos de alimentação, higiene e descanso - do que os maiores.

Para que seja possível dar atenção aos cuidados pessoais e à aprendizagem, cabe aos gestores elaborar projetos institucionais para que o tempo seja usado a favor da garotada. Pensando nisso, a diretora Dorocleide Franco Faria de Brito, do CMEI Santa Efigênia, em Curitiba, optou pelo sistema de merenda self service para crianças a partir dos 3 anos, com o qual elas aprendem a almoçar sozinhas.

Nem sempre foi assim. "Antes, as crianças esperavam para serem servidas. O processo era mais prático, mas não oferecia nenhuma oportunidade para elas escolherem o que e quanto comer e desenvolver a habilidade de se servir. Ou seja, não adquiriam autonomia, um dos objetivos da Educação Infantil." No início, os funcionários resistiram um pouco. Afinal, para que o modelo funcionasse, era preciso exercitar a paciência e administrar melhor o tempo da merenda - que certamente seria mais longo.

A primeira barreira Dorocleide resolveu promovendo um trabalho de conscientização, explicando a todos que os mais novos só poderiam aprender por meio da prática (leia uma sugestão de pauta de reunião na última página). O segundo, mudando a rotina da merenda e criando um esquema de trabalho por grupos: em vez de todos ficarem na fila para receber a comida da merendeira, uma ou duas mesas por vez se dirigem ao balcão onde estão as travessas. As crianças são incentivadas a colocar no prato apenas os itens que serão consumidos, levá-lo à mesa sem ajuda e manusear os talheres. "O tempo de aprendizagem varia para cada um e, se não conseguimos resultados em um dia, tentaremos novamente nos dias seguintes. Se no início há mais demora, com o tempo os procedimentos são realizados com agilidade", afirma a diretora.

Na escola de Dorocleide, não existem problemas de espaço e há dois refeitórios, um para os mais novos e outro para os maiores. Porém os gestores que não dispõem de estrutura semelhante têm a opção de implantar um rodízio de horários para que as turmas não estejam no refeitório ao mesmo tempo e, com isso, seja possível dispensar a mesma atenção a todos. Em ambos os casos, é preciso implantar também o revezamento para o almoço dos educadores e professores, garantindo a assistência às crianças na hora da refeição. Esse planejamento é fundamental, pois, como explica Elza Corsi de Oliveira, formadora do Instituto Avisa Lá, de São Paulo, "quando as crianças comem, pelo menos uma parte da equipe deve estar disponível para ajudar no que for preciso".

O mesmo vale para o horário de descanso de professores e auxiliares. Eles não podem coincidir com os momentos de brincadeira da garotada. "Pensar que quando as turmas estão no parque ou no pátio é hora de descansar e relaxar é um engano que deve ser corrigido pelo gestor", diz Ana Paula. É justamente nesses momentos que os educadores precisam redobrar a atenção e o envolvimento com as crianças para suprir as demandas de espaço, tempo, material e, principalmente, segurança física e emocional.

Sugestão de pauta de reunião: Repensando a rotina

- Reserve pelo menos uma hora por semana para conversar com os educadores e a equipe de apoio sobre a organização do tempo e do espaço na escola. Para que a reunião seja produtiva, incentive todos a fazer anotações ao longo da semana sobre o andamento da rotina, como o tempo que as turmas levam para se alimentar (ou ser alimentadas, no caso dos menores) e quais estão deixando as fraldas e aprendendo usar o vaso sanitário.

- Comece pedindo que cada um conte ao grupo o que observou, abrindo espaço para a exposição de problemas e a sugestão de encaminhamentos. Aproveite para compartilhar os dados relativos à organização do tempo que foram transmitidos pelos professores durante os momentos de formação.

- Verifique se, nos horários planejados, há tempo para orientar as crianças em relação aos hábitos de higiene e alimentação, se as demandas de sono são respeitadas e se a escala de limpeza não está atrapalhando as atividades elaboradas pelos professores.

- Questione se os materiais pedagógicos têm sido preparados com antecedência, evitando esperas desnecessárias. Isso vale para fraldas, utensílios de higiene, comida, louças e talheres.

- Reforce que, de acordo com cada faixa etária, é importante reservar tempo para o desenvolvimento de autocuidados, como limpar-se depois de ir ao banheiro, alimentar-se sem ajuda e amarrar os próprios cadarços. Importante: lembre os educadores e funcionários de que ninguém deve agir com pressa, atropelando a criança e realizando as tarefas por ela.

- Registre as alterações de rotina propostas, combine a data do próximo encontro e comunique possíveis mudanças à equipe docente.

Onde antes havia tumulto, agora tem aprendizagem

Com a rotina reorganizada e os horários escalonados, é hora de pensar na melhoria do atendimento às crianças e na otimização do tempo delas e dos professores. O gestor, então, deve se perguntar: o que os funcionários podem fazer para tornar o dia a dia dos pequenos mais agradável e produtivo? O que eles já são capazes de fazer sozinhos e em que situações necessitam de auxílio? Quais habilidades ainda precisam ser desenvolvidas?

Os horários de entrada e de saída, quando bem organizados, afastam o tumuldo e se tornam momentos de aprendizagem. Irene Longhi, diretora da Creche Casa do Aprender, em Osasco, na Grande São Paulo, conta que depois que foram instalados os cantos de atividades diversificadas (leitura, desenho, casinha, consultório), as professoras conseguem atender os pais que querem conversar sobre a aprendizagem dos filhos. É possível ainda, em vez de ficar mandando as crianças esperarem de braços cruzados a hora de ir para casa, incentivar ações como colocar e fechar o agasalho e calçar os sapatos. É preciso pensar nas propostas para cada turma - nem difíceis demais que não possam ser aprendidas, nem muito fáceis que não representem um desafio. Limpar o nariz sem ajuda pode ser uma tarefa frustrante para quem tem 2 anos, mas bastante banal para quem tem mais de 4. Fazer essa previsão e programação é função dos gestores. "Se a instituição considerar uma perda de tempo o desenvolvimento dessas habilidades simples, quem sai prejudicada é a criança", diz Elza Corsi.
 
Fonte:http://nanareyseducacao.blogspot.com/2010/04/como-organizar-rotina-em-creches-e-pre.html 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mais tempo e repetições para quem tem síndrome de Down

A pequena Rafaela só vai se alfabetizar porque a escola compreendeu suas dificuldades e flexibilizou o conteúdo de ensino.

É encorajador o caderno cheio de palavras da pequena Rafaela Gomes Bezerra, que tem síndrome de Down. Aos 7 anos, ela frequenta o 1º ano no Colégio Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo, e está em avançado processo de alfabetização. "Ela faz questão de fazer o mesmo que os colegas e me surpreende com seu progresso", conta a professora Camila Skalla de Lacerda, sem esconder que as dificuldades são maiores. "Pegamos o que é mais significativo em cada atividade e insistimos naquilo com calma. Baseado no que a Rafaela dá conta de fazer, reforçamos e estimulamos a atuação dela."
Quando trabalha contos de fada, como Cinderela, Camila procura atrair o interesse de toda a sala. Mostra o livro, fala sobre o autor, comenta as ilustrações e, finalmente, lê em voz alta. Depois da leitura, costuma fazer perguntas sobre os trechos de que os alunos mais gostaram e estimula comentários entre eles. Algumas vezes, as atividades incluem preencher uma ficha com o nome dos personagens de que se lembram. Rafaela escuta com o mesmo encantamento dos colegas, mas precisa de ajuda adicional. "Faço perguntas mais diretas para ela, como: quem está na história? Como é o nome da dona do sapatinho? Ela acaba conseguindo responder", conta Camila.
No momento da escrita, são necessários mais tempo e repetições. "Ela escuta a própria voz, percebe que o som é de determinada letra e começa a registrar, mas muitas vezes se perde. Então, recomeçamos e, no fim, lemos de novo. É um processo lento", afirma a professora. Daniela Alonso mostra que a flexibilização de conteúdo não vem sozinha. "Algumas vezes, o estudante com síndrome de Down demanda a eliminação de alguns objetivos e requer mais tempo. Não só para fazer a atividade mas também para alcançar a aprendizagem."
Para dar mais desse precioso tempo a Rafaela, sua mãe, Marisa Rogel Gomes Bezerra, concordou em deixar a filha refazer o 1º ano na escola. "Nós não temos pressa. Queremos vê-la alcançar os resultados, não importa quanto demore", diz. Os especialistas entendem que repetir uma série pode ser favorável, mas não a ponto de causar diferenças muito grandes de idade. A escola pode organizar o currículo e a progressão para atender às necessidades educacionais especiais. "Não vamos deixar que isso aconteça sempre, mas naquele momento valorizamos mais o proveito que ela tiraria dessa segunda chance. Acredito que acertamos", afirma Marisa.
A oportunidade de refazer uma série tão importante, em que se dá a alfabetização, pode ser considerada pela escola e pela família. Muitas crianças têm a chance de aproveitar melhor a escolarização, especialmente nos casos de deficiência intelectual, pois, em muitos casos, precisam de mais tempo para se desenvolver. A decisão de reter o aluno, no entanto, deve se basear em avaliações conjuntas dos especialistas, da família e da escola.
Trecho adaptado da reportagem Tema igual, aula diferente, com flexibilização de conteúdo

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/producao-de-texto/inclusao-sindrome-down.shtml

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Bullying

  • Indicadores de estar sendo alvo de Bullying
    • Demonstrar falta de vontade de ir à escola.
    • Sentir-se mal perto da hora de sair de casa.
    • Pedir para trocar de escola.
    • Revelar medo de ir ou voltar da escola.
    • Pedir sempre para ser levado à escola.
    • Mudar frequentemente o trajeto entre a casa e a escola.
    • Apresentar baixo rendimento escolar.
    • Voltar da escola, repetidamente, com roupas ou livros rasgados.
    • Chegar muitas vezes em casa com machucados inexplicáveis.
    • Tornar-se uma pessoa fechada.
    • Parecer angustiado, ansioso, deprimido.
    • Apresentar manifestações de baixa auto-estima.
    • Ter pesadelos frequentes, chegando a gritar "socorro" ou "me deixa" durante o sono.
    • "Perder", repetidas vezes, seus pertences, seu dinheiro.
    • Pedir sempre mais dinheiro ou começar a tirar dinheiro da família.
    • Evitar falar sobre o que está acontecendo, ou dar desculpas pouco convincentes para tudo.
    • Tentar ou cometer suicídio.
Se seu filho (filha), apresenta alguns dos sinais descritos acima, pode ser que ele (ela) esteja sendo alvo de Bullying.
Tente conversar com ele sobre o assunto e, caso ele confirme sua suspeita, procure o professor e/ou a direção da escola para ajudarem a solucionar o problema.
Não exija dele o que ele não se sinta capaz de realizar!
Não o culpe pelo que está acontecendo!
Elogie sua atitude de relatar o que o está atormentando
!





Quando a agressividade passa a ser Bullying?
É comum que as crianças passem por situações na vida, em que se sintam fragilizadas e em recorrência disso tornem-se temporariamente agressivas. Assim, o nascimento de um novo bebê na família, a separação dos pais ou a perda de algum parente próximo podem ser motivo para a mudança repentina no comportamento da criança. No entanto, normalmente, essa "tempestade" aos poucos vai passando e volta a "calmaria".
Mas, há casos em que se observa algo diferente: algumas crianças apresentam uma agressividade não apenas transitória, mas permanente. Parecem estar sempre provocando situações de briga.
Eis alguns motivos para que essas crianças se tornem agressores crônicos, possíveis autores de Bullying.
  • Porque foram mal acostumadas e por isso esperam que todo mundo faça todas as suas vontades e atenda sempre às suas ordens.
  • Gostam de experimentar a sensação de poder.
  • Não se sentem bem com outras crianças, tendo dificuldade de relacionamento.
  • Sentem-se inseguras e inadequadas.
  • Sofrem intimidações ou são tratados como bodes expiatórios em suas casas.
  • Já foram vítimas de algum tipo de abuso.
  • São frequentemente humilhadas pelos adultos.
  • Vivem sob constante e intensa pressão para que tenham sucesso em suas atividades.
Evidentemente, essas crianças precisam de ajuda, mais do que de punição. Torna-se urgente dar assistência a elas, para que se possa interromper esse ciclo de violência que vai se instalando em suas vidas.



Agressores precisam de vítimas. E quem são as vítimas?
Geralmente, os autores de Bullying, procuram pessoas que tenham alguma característica que sirva de foco para suas agressões. Assim, é comum eles abordarem pessoas que apresentem algumas diferenças em relação ao grupo no qual estão inseridas, como por exemplo: obesidade, baixa estatura, deficiência física, ou outros aspectos culturais, étnicos ou religiosos. O que se verifica é que essas crianças são alvos mais visados e tornam-se mais vulneráveis ao Bullying, por possuírem algumas dessas características específicas.
Mas, o fato de sofrer Bullying não é culpa da vítima, pois ninguém pode ser responsabilizado por ser diferente!...
Na verdade, a diferença é apenas o pretexto para que o agressor satisfaça uma necessidade que é dele mesmo: a de agredir.
Tanto os pais, quanto as escolas, devem ajudar as crianças a lidarem com as diferenças, procurando questionar e trabalhar seus preconceitos. E uma das boas maneiras de se lidar com isso é promovendo debates, nos quais os jovens possam tomar consciência dessas questões e confrontar suas ideias com a de outros jovens.



Aos pais
Se você for informado de que seu(sua) filho(a) é um(a) autor(a) de Bullying, converse com ele(a) e:
  • Saiba que ele(a) está precisando de ajuda.
  • Não tente ignorar a situação, nem procure fazer de conta que está tudo bem.
  • Procure manter a calma e controlar sua própria agressividade ao falar com ele(a). Mostre que a violência deve ser sempre evitada.
  • Não o(a) agrida, nem o(a) intimide; isso só iria tornar a situação ainda pior.
  • Mostre que você sabe o que está acontecendo, mas procure demonstrar que você o(a) ama, apesar de não aprovar esse seu comportamento.
  • Converse com ele(a): procure saber porque ele(a) está agindo assim e o que poderia ser feito para ajudá-lo(a).
  • Garanta a ele(a) que você quer ajudá-lo(a) e que vai buscar alguma maneira de fazer isso.
  • Tente identificar algum problema atual que possa estar desencadeando esse tipo de comportamento. Nesse caso, ajude-o(a) a sair disso.
  • Com o consentimento dele, entre em contato com a escola; converse com professores, funcionários e amigos que possam ajudá-lo(a) a compreender a situação.
  • Dê orientações e limites firmes, capazes de ajudá-lo(a) a controlar seu comportamento.
  • Procure auxiliá-lo(a) a encontrar meios não agressivos para expressar suas insatisfações.
  • Encoraje-o(a) a pedir desculpas ao colega que ele(a) agrediu, seja pessoalmente ou por carta.
  • Tente descobrir alguma coisa positiva em que ele(a) se destaque e que venha a melhorar sua auto-estima.
  • Procure criar situações em que ele(a) possa se sair bem, elogiando-o(a) sempre que isso ocorrer.


Aos diretores, coordenadores e professores das escolas
Se vocês desejam reduzir o Bullying dentro das escolas , aqui vão alguns conselhos para lidar com isso.
  • Desde o primeiro dia de aula, avisem aos alunos que não será tolerado Bullying nas dependências da escola. Todos devem se comprometer com isso: não o praticando e avisando à direção sempre que ocorrer um fato dessa natureza.
  • Promovam debates sobre Bullying nas classes, fazendo com que o assunto seja bastante divulgado e assimilado pelos alunos.
  • Estimulem os estudantes a fazerem pesquisas sobre o tema na escola, para saber o que alunos, professores e funcionários pensam sobre o Bullying e como acham que se deve lidar com esse assunto.
  • Convoquem assembleias, promovam reuniões ou fixem cartazes, para que os resultados da pesquisa possam ser apresentados a todos os alunos.
  • Facultem a oportunidade de que os próprios alunos criem regras de disciplina para suas próprias classes. Essas regras, depois, devem ser comparadas com as regras gerais da escola, para que não haja incoerências.
  • Da mesma maneira, permitam que os alunos busquem soluções capazes de modificar o comportamento e o ambiente.
  • Sempre que ocorrer alguma situação de Bullying, procurem lidar com ela diretamente, investigando os fatos, conversando com autores e alvos. Quando ocorrerem situações relacionadas a uma causa específica, tentem trabalhar objetivamente essa questão, talvez por meio de algum projeto que aborde o tema. Evitem, no entanto, focalizar alguma criança em particular.
  • Nos casos de ocorrência de Bullying, conversem com os alunos envolvidos e digam-lhes que seus pais serão chamados para que tomem ciência do ocorrido e participem junto com a escola da busca de soluções.
  • Interfiram diretamente nos grupos, sempre que isso for necessário para quebrar a dinâmica de Bullying. Façam os alunos se sentarem em lugares previamente indicados, mantendo afastados possíveis autores de Bullying, de seus alvos.
  • Conversem com a turma sobre o assunto, discutindo sobre a necessidade de se respeitarem as diferenças de cada um. Reflita com eles sobre como deveria ser uma escola onde todos se sentissem felizes, seguros e respeitados.                                                                                                                                                          FONTE:  http://cacauarte.blogspot.com/search/labe/VIO%C3%8ANCIA

DISLEXIA

DEFINIÇÕES:    
Marina S. Rodrigues Almeida


DIS – distúrbio

LEXIA - (do latim) leitura; (do grego) linguagem

DISLEXIA - dificuldades na leitura e escrita


A definição mais usada na atualidade é a do Comitê de Abril de 1994, da International Dyslexia Association - IDA, que diz:



"Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico. Estas dificuldades de decodificar palavras simples não são esperadas em relação a idade. Apesar de submetida a instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem. A dislexia é apresentada em várias formas de dificuldade com as diferentes formas de linguagem, freqüentemente incluídas problemas de leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar."

A dislexia não é uma doença, portanto não podemos falar em cura. Ela é congênita e hereditária, e seus sintomas podem ser identificados logo na pré-escola.

Os sintomas, ainda, podem ser aliviados, contornados, com acompanhamento adequado, direcionado às condições de cada caso.

Não podemos considerar como 'comprometimento' sua origem constitucional (neurológica) , mas sim como uma diferença, que é mais notada em relação a dominância cerebral.

"A DISLEXIA é uma dificuldade de aprendizagem na qual a capacidade de uma criança para ler ou escrever está abaixo de seu nível de inteligência. "

"A DISLEXIA é uma função, um problema, um transtorno, uma deficiência, um distúrbio. Refere a uma dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem."

"A DISLEXIA é um transtorno, uma perturbação, uma dificuldade estável, isto é duradoura ou parcial e, portanto, temporária, do processo de leitura que se manifesta na insuficiência para assimilar os símbolos gráficos da linguagem.”

"A DISLEXIA não é uma doença, é um distúrbio de aprendizagem congênito que interfere de forma significativa na integração dos símbolos lingüísticos e perceptivos. Acomete mais o sexo masculino que o feminino, numa proporção de 3 para 1."

"A DISLEXIA é caracterizada por dificuldades na leitura, escrita (ortografia e semântica), matemática (geometria, cálculo), atraso na aquisição da linguagem, comprometimento da discriminação visual e auditiva e da memória seqüencial .”

ETIOLOGIA:


A rigor, não há nenhuma segurança em afirmar uma ou outra etiologia para a causa da dislexia, mas há algumas situações que foram descartadas:


Em hipótese alguma o disléxico tem comprometimento intelectual. Segundo a Teoria das Inteligências Múltiplas, o ser humano possui habilidades cognitivas: inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal, inteligência lógica-matemática, inteligência espacial, inteligência corporal-cinesté sica, inteligência verbal-linguí stica, inteligência musical, naturalista, existencial e pictórica. O disléxico teria sua inteligência mais predisposta à inteligência corporal-cinesté sica, musical, espacial.

Quanto ao emocional, é preciso avaliar muito bem. Pode haver um comprometimento do emocional como conseqüência das dificuldades da dislexia, mas nunca como causa única.

A criança dislexia não tem perda auditiva.



Há vários estudos :

A) Uma falha no sistema nervoso central em sua habilidade para organizar os grafemas, isto é, as letras ou decodificar os fonemas, ou seja, as unidades sonoras distintivas no âmbito da palavra.

B) O impedimento cerebral relacionado com a capacidade de visualização das palavras.

C) Diferenças entre os hemisférios e alteração (displasias e ectopias) do lado direito do cérebro. Isso implica, entre outras coisas, uma dominância da lateralidade invertida ou indefinida. Mas também justifica o desenvolvimento maior da intuição, da criatividade, da aptidão para as artes, do raciocínio mais holístico, de serem mais subjetivos e todas as outras qualidades características do hemisfério direito.

D) Inadequado processamento auditivo (consciência fonológica) da informação lingüística.

E) Implicações relação afetiva materno-filial, o que pode entravar a necessidade da linguagem, e mais tarde a aprendizagem da leitura e escrita.

SINAIS ENCONTRADOS EM DISLÉXICOS:


Desde a pré-escola alguns sinais e sintomas podem oferecer pistas que a criança é disléxica. Eles não são suficientes para se fechar um diagnóstico, mas vale prestar atenção:


v Fraco desenvolvimento da atenção.

v Falta de capacidade para brincar com outras crianças.

v Atraso no desenvolvimento da fala e escrita.

v Atraso no desenvolvimento visual.

v Falta de coordenação motora.

v Dificuldade em aprender rimas/canções.

v Falta de interesse em livros impressos.

v Dificuldade em acompanhar histórias.

v Dificuldade com a memória imediata organização geral.

TIPOS DE DISLEXIA:


v DISLEXIA ACÚSTICA: manifesta-se na insuficiência para a diferenciação acústica (sonora ou fonética) dos fonemas e na análise e síntese dos mesmos, ocorrendo omissões, distorções, transposições ou substituições de fonemas. Confundem-se os fonemas por sua semelhança Articulatória.

v DISLEXIA VISUAL: Ocorre quando há imprecisão de coordenação viso-especial manifestando- se na confusão de letras com semelhança gráfica. Não temos dúvida que o primeiro procedimento dos pais e educadores é levar a criança a um médico oftalmologista.

v DISLEXIA MOTRIZ: evidencia-se na dificuldade para o movimento ocular. Há uma nítida limitação do campo visual que provoca retrocessos e principalmente intervalos mudos ao ler.

LEMBRE-SE EM OBSERVAR:

Alterações de grafia como "a-o", "e-d", "h-n" e "e-d", por exemplo.

 As crianças disléxicas apresentam uma caligrafia muito defeituosa, verificando- se irregularidade do desenho das letras, denotando, assim, perda de concentração e de fluidez de raciocínio.

 As crianças disléxicas, ainda segundo o professor, apresentam confusão com letras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço como " b-d". "d-p", "b-q", "d-b", "d-p", "d-q", "n-u" e "a-e". Ocorre também com os números 6;9;1;7;3;5, etc.

Apresenta dificuldade em realizar cálculos por se atrapalhar com a grafia numérica ou não compreende a situação problema a ser resolvida.

Confusões com os sinais (+) adição e (x) multiplicação.

A dificuldade pode ser ainda para letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos sons são acusticamente próximos: "d-t" e "c-q", por exemplo.

Na lista de dificuldades dos disléxicos, para o diagnóstico precoce dos distúrbios de letras, chamamos a atenção de educadores, e pais para as inversões de sílabas ou palavras como "sol-los", "som-mos" bem como a adição ou omissão de sons como "casa-casaco" , repetição de sílabas, salto de linhas e soletração defeituosa de palavras.


ALFABETIZAÇÃO DO DISLÉXICO:



O disléxico precisa olhar atentamente, ouvir atentamente, atentar aos movimentos da mão quando escreve e prestar atenção aos movimentos da boca quando fala. Assim sendo, a criança disléxica associará a forma escrita de uma letra tanto com seu som como com os movimentos FALAR-OUVIR- LER-ESCREVER, são atividades da linguagem. FALAR E OUVIR, são atividades com fundamentos biológicos.
O método mais adequado tem sido o fonético e montagem de ”manuais” de alfabetização apropriada a criança disléxica.

A criança aprende a usar a linguagem falada mas isto depende do:


v meio ambiente compreensivo, estimulador e paciente.

v trato vocal.

v organização do cérebro.

 sensibilidade perceptual para falar os sons.


O sucesso na reeducação de um disléxico está baseado numa terapia multisensorial (aprender pelo uso de todos os sentidos), combinando sempre a visão, a audição e o tato para ajudá-lo a ler e soletrar corretamente as palavras.

ESTRATÉGIAS QUE AJUDAM:

Uso freqüente de material concreto:

Relógio digital.

Calculadora.

Gravador.

Confecção do próprio material para alfabetização, como desenhar, montar uma cartilha.

Uso de gravuras, fotografias. (a imagem é essencial para sua aprendizagem) .

Material Curisineire / Material Dourado.

Folhas quadriculadas para matemática.

Máscara para leitura de texto.

Letras com várias texturas.

Evitar dizer que ela é lenta, preguiçosa ou compará-la aos outros alunos da classe .

Ela não deve ser forçada a ler em voz alta em classe a menos que demonstre desejo em fazê-lo.

Suas habilidades devem ser julgadas mais em sua respostas orais do que nas escritas.

Sempre que possível , a criança deve ser encorajada a repetir o que foi lhe dito para fazer, isto inclui mensagens. Sua própria voz é de muita ajuda para melhorar a memória.

Revisões devem ser freqüentes e importantes

Copiar do quadro é sempre um problema, tente evitar isso, ou dê-lhe mais tempo para fazê-lo.

Demonstre paciência, compreensão e amizade durante todo o tempo, principalmente quando você estiver ensinando a alunos que possam ser considerados disléxicos.

Ensine-a quando for ler palavras longas, a separá-las com uma linha a lápis.

Dê-lhes menos dever de casa e avalie a necessidade e aproveitamento desta tarefa

Não risque de vermelho seus erros ou coloque lembretes tipo: estude! precisa estudar mais! precisa melhorar !

Procure não dar suas notas em voz alta para toda classe, isso a humilha e a faz infeliz.

Não a force a modificar sua escrita, ela sempre acha sua letra horrível e não gosta de vê-la no papel. A modulação da caligrafia é um processo longo.

Procure não reforçar sentimentos que minimizam sua auto-estima.

Dê-lhes um tempo maior para realizar as avaliações escritas. Uma tarefa em que a criança não-disléxica leva 20 minutos para realizar, a disléxica pode levar duas horas.

Usar sempre uma linguagem clara e simples nas avaliações orais e principalmente nas escritas.

Uma língua estrangeira é muito difícil para eles, faça suas avaliações sempre em termos de trabalhos e pesquisas.

ORIENTAÇÃO AOS PAIS:


A coisa mais importante a fazer: AJUDAR A MELHORAR A AUTO ESTIMA. Ofereça segurança, carinho, compreensão e elogie seus pequenos acertos.

PROCURAR AJUDA PROFISSIONAL PARA REALIZAR UM DIAGNÓSTICO CORRETO: FONOAUDIÓLOGO, PSICÓLOGO, NEUROLOGISTA OU PSICOPEDAGOGO.

Explique que suas dificuldades têm um nome: DISLEXIA e que você vai ajudá-lo a superá-las, mas que ele é o principal agente desta mudança.

Encoraje-o e encontre coisas em que se saia bem, estimulando- o nessas coisas.

Elogie por seus esforços, lembre-se como ele tem de esforçar-se muito para ter algum sucesso na leitura e na escrita.

Ajude-o nos seus trabalhos escolares, ou, em algumas lições em especial, com paciência (mas não escreva para ele, ou resolva suas tarefas de matemática).

Ajude-o a ser organizado.

Encoraje-o a ter hobbies e atividades fora da escola, como esportes, musica, fotografia, desenhos, etc.

Observe se ele está recebendo ajuda na escola, porque isso faz muita diferença na habilidade dele de enfrentar suas dificuldades, de prosperar e de crescer normalmente.

Não permita que os problemas escolares impliquem em mau comportamento ou falta de limites. Uma coisa nada tem a ver com a outra!


BIBLIOGRAFIA:

,J. AJURIAGUERRA.DISLEXIA EM QUESTÃO.ED. ARTES MÉDICAS


MABEL CONDEMARIN .DISLEXIA-MANUAL DE LEITURA CORRETIVA. ED. ARTES MÉDICAS

FONTE:
http://cacauarte.blogspot.com/search/label/EDUCA%C3%87%C3%83O%20INCLUSIVA